Vida em Movimento – T4:E1 – Upcycling, Economia Circular e projeto Costurando o Futuro
VINHETA DE ABERTURA
FUNDO MUSICAL
Locutora – Olá, a todos e todas. Bem-vindos e bem-vindas ao primeiro episódio da quarta temporada do Vida em Movimento, o podcast da Fundação Grupo Volkswagen.
Eu sou Ludmila Vilar e hoje discutiremos a importância de uma técnica de reuso conhecida como upcycling. Sabiam que podemos reaproveitar diversos tipos de materiais para criar produtos novos, úteis e sustentáveis?
Sabe quando a gente guarda algum pote de vidro pra usar depois e assim não precisar jogar fora? Isso é upcycling. Ou então quando levamos aquela peça da roupa para reforma e ela ganha mais anos de uso? Também estamos falando de upcycling.
Mas o que mudou se já fazemos isso há tanto tempo, não é? O que mudou é o que está por trás do gesto. Antes essa ideia de reaproveitamento também tinha a ver com economia de dinheiro. Mas era algo bem pontual. Hoje essa prática tem rodado o mundo na perspectiva do consumo consciente.
Ou seja, além de permitir que a gente solte a criatividade, reaproveitar materiais tem tudo a ver com o uso racional dos recursos disponíveis no meio ambiente. E esse uso consciente é questão para ontem! Todos os dias vemos notícias sobre como o excesso de lixo e de plástico prejudica a vida nos oceanos e em todo o planeta.
Por isso, cada ação para mitigar esse problema é mais que bem-vinda. E reaproveitar materiais é uma maneira também de proteger nossa biodiversidade. Na Fundação Grupo Volkswagen, o upcycling é um dos pilares do projeto Costurando o Futuro. A iniciativa conecta doações de resíduos de tecidos automotivos a quem precisa: pequenos empreendimentos de costureiras e costureiros, localizados na Grande São Paulo. A indústria automotiva usa diversos tipos de materiais em seu processo de produção. Na medida em que os veículos chegam ao final de sua vida útil, são geradas toneladas de resíduos a serem descartados. E não é só sucata. Tem também plástico, borracha, os tecidos que revestem bancos e até os cintos de segurança. E esses materiais podem ser reutilizados de maneiras criativas e inovadoras. É justamente isso que a gente faz no Costurando o Futuro.
O material é doado pelas marcas do Grupo Volkswagen e seus fornecedores. A Fundação cria toda a logística para que ele chegue até as empreendedoras e empreendedores. É quando essa matéria prima, que iria para o lixo sem ser lixo, vira mochilas, bolsas, nécessaires, pochetes e muitos outros produtos. E todos podem ser encontrados na loja online da Fundação – anote aí o endereço: loja.fundacaogrupovw.org.br
Hoje, o Vida em Movimento recebe duas convidadas que entendem muito de Costurando e muito de upcycling. A Sandra Viviani, Analista de Responsabilidade Social da Fundação, e Priscila Rocha, responsável pela área de sustentabilidade na Volkswagen Caminhões e Ônibus.
Elas falaram com a gente sobre essa técnica de reaproveitamento, sobre o projeto e sobre economia circular, conceito que abriga todos esses reusos.
Locutora – Olá, Sandra, tudo bem? Prazer falar com você e muito obrigada por sua participação aqui no nosso podcast.
Sandra: Oi Lud, Boa Tarde. Eu que agradeço o convite por falar de um tema que eu gosto tanto. Muito obrigada.
Locutora – O Projeto Costurando o Futuro tem duas frentes, correto? A doação de resíduos e o curso de gestão de negócios, que tem o Instituto Focus Têxtil como parceiro. Como funcionam as doações e mais do que isso, qual o impacto dos beneficiados receberem essa matéria-prima de forma gratuita?
Sandra – Isso mesmo Lud. Essa informação de possíveis doações chegam sempre por 2 vias:
Primeiro a gente recebe as ofertas de doação (por exemplo de uniformes que seriam descartados ou de resíduos de bancos, ou de pedaços de cintos, ou de amostras de tecidos que ainda estão em testes ou banners, etc). Então, a gente recebe muita oferta de doação das áreas e dos fornecedores da Volkswagen e do Grupo Volkswagen.
Outra forma da gente receber essas possíveis doações é que a gente prospecta com setores internos e fornecedores do Grupo VW se possuem matéria prima para doar. Eles tendo esses resíduos são coletados e encaminhados para nosso parceiro produtor a Focus Textil e as artesãs e artesãos que participam das formações do Costurando o Futuro são comunicados e se direcionam a este galpão para fazer as divisões e cada um pega uma parte. Para eles é muito importante eles receberem esse tipo de doações porque é um custo, por mais que eles precifiquem isso quando eles vão fazer um produto pra venda, é um produto que eles não têm custo imediato, eles não gastam para adquirir aquela matéria prima, então para eles é uma matéria prima muito valiosa porque ela é de altíssima qualidade, altíssima durabilidade e eles usam praticamente em todos os brindes que eles produzem.
Locutora – E como é feito o mapeamento e o atendimento à rede de pequenos empreendimentos? Interessados em fazer parte dela podem, por exemplo, entrar em contato e pleitear uma vaga?
Sandra – Não. Infelizmente o contato direto ou pleitear uma vaga, não adianta. Para todos os novos interessados eu sugiro que fiquem de olho em nossas redes sociais e se inscreverem nas formações gratuitas. Tem períodos onde a gente abre essas inscrições e as pessoas se inscrevem nessas vagas que a gente possibilita. Para as pessoas que já passaram por alguma capacitação do projeto, eles optam por fazer parte da Rede Costurando e aí podem participar de webinares, bazares, exposições, de produções de brindes específicos, além de outros momentos formativos que venham a acontecer no futuro. E claro, dessa doação desses insumos.
Locutora – No caso dos cursos, a diversidade é um dos critérios para a escolha dos alunos, não é isso?
Pelo o que eu entendi também, é muito importante para vocês incluir diferentes etnias, pessoas com e sem deficiência e também contemplar a diversidade de orientações sexuais e identidades de gênero. Como você descreveria a importância desse cuidado para esse e outros projetos da Fundação?
Sandra – Sim, para nós é importantíssimo o critério da diversidade.
A seleção dos participantes é feita inicialmente considerando a vulnerabilidade social e econômica, mas sem perder de vista a priorização dos grupos minoritários, ou seja, para nós é um valor trabalhar em todos os projetos com um universo de participantes bem plural. Nós sabemos que o acesso às oportunidades deveria ser igualitário e amplo para todas as pessoas . Mas ainda não é. Então é por isso que a gente cria critérios de seleção para oportunizar.
Então, a gente acredita que oportunizando a participação de representantes de grupos minorizados, nós estamos contribuindo para que a mobilidade social aconteça na prática, dando oportunidades aos que mais sofrem preconceito e opressão social.
Então a gente acredita que é um jeito de minimizar e equilibrar melhor para que todos os participantes tenham acessos a essas informações.
Locutora – O Costurando o Futuro acontece sob a causa da Mobilidade Social e Inclusão, abraçada pela Fundação, certo?
Então, estamos falando de um projeto que fomenta o empreendedorismo e, mais especialmente, o empreendimento feminino, já que 80% das beneficiadas são mulheres.
Você pode comentar um pouco esse caráter do projeto?
Sandra – O projeto está em constante transformação pois assim como a moda, seguimos tendências, rrsrsrs . Brincadeiras à parte, e justamente por valorizar o empreendedorismo e o upcycling (reaproveitamento), estamos sempre nos revisitando e pensando em como deixar o projeto melhor e mais legal. Desde o início da parceria com a Focus Textil, sempre a geração de renda e a sustentabilidade foram nosso norte. Além das formações em costura básica, reaproveitamento dos tecidos, criação de peças minimizando o desperdício, a gente tem trabalhado muito com a moda consciente, valorizando a qualidade dos produtos duráveis, atemporais, a prática de comércio justo e valorização dessas artesãs e costureiras, como empreendedoras nas suas localidades.
A gente também tem esse perfil de trabalhar localmente onde elas estão e fomentar um comércio justo ali.
A gente acredita muito nessa ampliação do ciclo de vida dos produtos de forma mais responsável social e ambientalmente, então eu acho que é por isso que a gente acredita tanto nesse projeto.
Locutora – E Sandra, você teria uma história bacana para contar sobre o projeto?
Eu sei que houve uma vez em que um enorme painel, que iria ser jogado fora, acabou sendo direcionado para as costureiras, não foi isso? E pelo o que eu entendi também foi justamente uma delas que procurou a Volkswagen do Brasil para pedir o material. Como é que foi que isso aconteceu?
Sandra – Ah tenho milhares… Porque assim tem muitos eventos que a gente participa, então são muitas histórias e risadas porque a relação vai muito além do projeto, né? Porque criamos uma conexão, e a gente troca figurinhas sobre o cotidiano: sobre filhos, problemas, conquistas, sonhos…
Mas essa história do painel é muito bacana. Lá na fachada da Volkswagen da Anchieta existe um painel gigante, e tem mais de 160 metros que é visto da Anchieta mesmo – que é trocado de tempos em tempos. Bem em frente, fica o bairro Montanhão e ali temos o ateliê do grupo Charlote, que participa do CF. A Nany “namorava” esse painel da Volkswagen porque ele é feito de lona vinifica, uma das matérias primas que ela mais adora usar para produzir bolsas. Fizemos que fizemos e conseguimos a doação desse painel para o projeto. E a Charlote produziu muitos itens dessa lona, inclusive mochilas que foram distribuídas para alunos de escolas da Amazônia. Então assim … inclusive no nosso site tem um vídeo que conta essa história.
Eu acho que essa é uma das histórias a que resume muito do que esse projeto significa para Fundação: porque a gente sabe muito como ele começa, mas não temos ideia até onde ele pode chegar !
A gente acabou descobrindo que a mochila foi parar na Amazônia por conta de uma matéria que foi feita que a Nany repassou para o pessoal da Amazônia e aí essa matéria chegou para a gente. Então, essa matéria foi muito legal, né? Mostra onde começa e a gente não tem a menor noção de até onde ele chega.
Locutora – Sandra, foi um prazer ter você com a gente. Desejamos vida longa ao projeto Costurando o Futuro! Boa Sorte!
Sandra – Ai Lud eu que agradeço. Para mim foi um prazer tá aqui com vocês e falar um pouquinho mais de como é importante essa responsabilidade socioambiental em todas as instâncias. Beijo e muito obrigada, viu?!
Locutora – Agora a gente vai chamar a Priscila Rocha, responsável pela área de sustentabilidade na Volkswagen Caminhões e Ônibus. Priscila, prazer ter você aqui com a gente. Muito obrigada pela sua presença.
Priscila – Olá, Ludmila. É um prazer pra mim também estar aqui com vocês nessa gravação e batendo um papo sobre um assunto tão importante aqui no nosso dia-a-dia.
Locutora – Priscila, a gente tem ouvido falar bastante no conceito de economia circular. Ela seria uma alternativa ao ciclo de produção e consumo que, muitas vezes, nos coloca num círculo vicioso de desperdício. Explique para gente como funciona a economia circular?
Priscila – A economia circular, ela vem justamente em substituição – o quanto antes, né? Nesta nossa atual economia linear que tem por princípio a retirada de materiais e de recursos naturais, por exemplo, a produção, o uso do bem beneficiado e meramente um descarte, né?
Então, a economia circular, ela muda tudo isso. Ela vem trazer o modelo de produção e consumo voltado ao uso sustentável dos recursos naturais, voltando também a maximizar a circularidade dos recursos e energias do sistema de produção.
O que significa isso? Que ao invés de ocorrer aquela fase de descarte a gente substitui isso por: compartilhamento de serviços, de bens, a regenerações de materiais, a reciclagem, um trabalho de virtualização ao longo de vida do material e trocar a forma tradicional de trocar esses tipos de produção, né?
Então, a economia circular, ela é orientada pelo design do produto. Então, eliminando resíduos e poluição e circulando produtos e materiais no seu valor mais alto, além de regenerar a natureza.
Então, aqui estamos falando em manter materiais e serviços o máximo possível dentro de um circuito para que a gente não meramente descarte algo que poderia ter um tempo de vida muito maior. Então, com isso a gente consegue trabalhar de forma circular de fato.
Locutora – A técnica de upcycling, que está no centro das ações do projeto Costurando o Futuro, prevê minimizar o desperdício, prolongando o ciclo de vida dos produtos. É possível incluí-la nas práticas da economia circular?
Priscila – Com certeza. A técnica de upcycling, ela preza pela geração de valor do material em si, né? Então, diferentemente de um downcycling, aonde o material será reciclado e não necessariamente transformado em outro tipo de artigo que tenha grande valor, o upcycling ele retorna, né?
É um “cicle” para cima, ele retorna esse material a algum ciclo produtivo de forma a agregar claro que mais elementos que o tornem com maior valor, né?
Então, aqui a gente está falando de traer tecidos que hora seriam descartados, seja para uma disposição ambientalmente adequada, mas com menor valor desse material, nós estamos dizendo que esse tecido retornará a um ciclo de produção que gerará um material de grande valor também, como a gente pode ver no programa, né?
É a gente constrói artigos para mochilas, pra estojos, a gente pode fazer sacolas e tantos outros materiais que o Costurando tem em condição de fazer né?
Então, esses materiais produzidos pelo Costurando, eles são confeccionados com esses chamados resíduos, mas que na verdade não são resíduos porque eles se tornam matéria-prima no nosso sistema e por isso ele de fato ele utiliza a técnica de upcycling gerando maior valor a todos esses tipos de artigos que a gente pode reaproveitar.
Ludmila – Outro conceito hoje bastante discutido é o da agenda ESG – sigla, em inglês, para Meio Ambiente, Social e Governança.
Essa abordagem tem buscado redefinir algumas lógicas tradicionais no mundo dos negócios, trazendo as boas práticas socioambientais para os modelos de negócio.
Podemos dizer que projetos como o Costurando o Futuro, de alguma forma, colaboram para essa agenda dentro do Grupo?
Priscila – Com certeza, Ludmila. Partindo do princípio que estamos falando aqui de três grandes processos aqui do ambiente corporativo, o Projeto Costurando o Futuro tem claramente todos os elementos de um projeto ESG.
Partindo do pilar ambiental nós estamos falando aqui do reuso de materiais ou mesma a técnica de upcycling desses materiais gerados aí que se tornam logo em seguida artigos de maior valor.
Estamos falando aqui de questões sociais como a geração de emprego e renda, né? De capacitação de várias pessoas nessa atividade de costura que é tão importante e é o coração desse projeto.
E estamos falando de uma governança também por parte, né, do setor privado, que vem aqui representada pela Fundação Grupo Volkswagen no sentido de alinhar todas essas vertentes, para que o projeto siga em frente trazendo também questões do empreendedorismo para que todos os participantes possam de fato evoluir e tornar o negócio sustentável, né?
Porque quando a gente fala do negócio e do projeto sustentável, a gente não tá falando só de dar o peixe, a gente tá falando de ensinar a pescar.
Então, eu vejo nesse projeto, um projeto clássico, né? De ensino, geração de emprego e renda como eu falei, e que tá gerando valor aos capitais daí da sustentabilidade natural, social, humano, finanças e manufatura, por isso totalmente adequado e alinhado às práticas essas do ESG aí que nós temos.
Ludmila – Existem outras medidas, dentro da estratégia ESG, que você poderia destacar?
Priscila – Trazendo uma visão e aplicada né, no conceito de economia circular, aqui na Volkswagen Caminhões e Ônibus a gente pode destacar o programa de remanufatura que nós temos de algumas peças e acessórios.
Essas peças quando não são mais utilizadas, elas são enviadas ao seu fornecedor, remanufaturadas e voltam a esse circuito novamente de revenda e utilização.
Então, isso também trazendo essa técnica de upcycling, mas não somente o upcycling, mas remanufatura mesmo, porque a peça sai com todos os critérios de qualidade e uso assegurados pelo fornecedor.
Então, ela volta para esse sistema com valor, né? Ao invés de nesse caso ela ser enviada a uma reciclagem que vai reduzir esse valor, ela retorna o valor.
Então, esse é um processo bem importante que nós temos aqui dentro da economia circular.
Além desse também cito a conectividade da Plataforma Rio, então, esse sistema de monitoramento, localização de veículo, o consumo, o desempenho, utilizando também a forma de telemetria auxilia ao gestor do veículo, o gestor de frotas a justamente avaliar o momento ideal de manutenção do veículo, ou a melhor forma de utilizar de forma eficiente o veículo economizando, por exemplo, combustível, e com isso emitindo menos gases também, né?
Então ele trás toda essa questão. Um outro exemplo que posso trazer aqui também é, temos em nossa utilidade o uso de um óculos virtual que auxilia o técnico de serviço a avaliar, né, o seu trabalho mesmo a distância avaliar qualquer tipo de problema em alguma oficina.
Então ele não precisa se deslocar, ele não precisa de fato aumentar a pegada de carbono dele porque ele tá lá virtualmente auxiliando, né?
Com certeza sem uma economia circular a gente não tem a descarbonização realmente sólida, né, no planeta.
Então, eu vejo todos esses recursos também como algo que nos auxilia rumo a uma jornada de descarbonização e além disso existem as questões de compartilhamento e reuso dentro da empresa representadas pelo VW Truck Rental, trata de um aluguel de caminhão, então, o usuário não se apropria do material como dono de um bem e vai ter todo um custo de manutenção, então ele aluga e o Voks confia que é a revenda de vários veículos seminovos também aumentando o ciclo de vida, né, de uso desse veículo que ora foi produzido por aqui pela nossa companhia.
Locutora – Obrigada por sua participação, Priscila. O Vida em Movimento está sempre com o microfone aberto para falarmos mais sobre esses temas – dentro e fora da Fundação Grupo Volkswagen!
Priscila – Ludmila, eu que agradeço o convite e também aproveito esse momento para parabenizar a Fundação Grupo Volkswagen pelo incrível trabalho que eles têm feito em relação ao projeto Costurando o Futuro, não somente esse, mas tantos outros projetos, mas o Costurando eles sabem que eu tenho um apreço, um carinho muito grande, né, como pessoa que luta mesmo milita pela causa.
E como colaboradora, também, vendo aqui todo um cuidado com os materiais gerados na nossa organização para que eles sejam devidamente valorizados de fato como a gente tratou hoje aqui, nesse podcast. Muito obrigada, mais uma vez, por esse convite, Um grande abraço a todos!
Bom pessoal e assim terminamos mais esse episódio do Vida em Movimento.
Esperamos que o programa tenha inspirado vocês a verem com outros olhos aquele móvel velho ou aquela calça que você não usa há algum tempo. Vamos reaproveitar? Um abraço e até a próxima!
Locutora – O podcast Vida em Movimento é uma realização da Fundação Grupo Volkswagen. Produção, pesquisa e roteiro: RPTCom e Fundação Grupo Volkswagen. Apresentação: Ludmila Vilar.