Vida em Movimento – T2:E1 – Educação

“Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”. As palavras da ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que reconheceu na educação um objetivo, um direito e um propósito de vida, inspiraram o primeiro episódio da segunda temporada do podcast Vida em Movimento, da Fundação Grupo Volkswagen. Nessa retomada, em novo formato, além de contar a história da mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz, a Fundação traz também uma entrevista com o Olavo Nogueira Filho, Diretor Executivo do Todos Pela Educação, instituição à qual a Fundação se uniu em 2021 como um de seus parceiros mantenedores, trabalhando juntos em busca de melhorias na educação e na escola pública.
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Confira a transcrição do áudio

Vinheta de abertura

Fundo musical

Renata Pifer: 

Olá a todos e todas, bem-vindos à segunda temporada do vida em movimento, o podcast da Fundação Grupo Volkswagen. Eu sou Renata Pifer.

Ludmila Vilar:

E eu sou Ludmila Vilar.

Renata Pifer:

Nesse primeiro episódio, escolhemos um tema que permeia toda a atuação da Fundação Grupo Volkswagen: a educação. Nossas causas são a mobilidade urbana, a mobilidade social e a inclusão de pessoas com deficiência. Mas nada disso é possível se não tivermos a educação como fio condutor de nossas ações. É por meio dela que conseguimos mobilizar, e movimentar as pessoas.

Ludmila Vilar:

É por isso que hoje vamos contar a história da ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que reconheceu na educação um objetivo, um direito e um propósito de vida. E o que ela fez, e tem feito, é tão incrível que aos 17 anos se tornou a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz.

Renata Pifer:

E vamos também conversar com o Olavo Nogueira Filho, diretor executivo do Todos Pela Educação, organização que tem como principal objetivo promover mudanças na qualidade da educação básica no Brasil.

Ludmila Vilar:

Está no ar o Vida em Movimento!

Fundo musical

Ludmila Vilar:

“Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”.  Malala disse essa frase quando discursou na ONU em 2013. Mesmo sendo ainda muito muito jovem na época – ela tinha apenas 16 anos – sabia muito bem o que estava dizendo. Quatro anos antes, Malala tinha sido alvo de um atentado. O motivo? Ela simplesmente insistiu em estudar. Mas antes, para falar sobre a trajetória de Malala, é preciso antes que a gente entenda a região onde ela nasceu e cresceu: a cidade de Mingora, no vale do Swat, Paquistão. Mingora é uma cidade com pouco mais de 300 mil habitantes e fica na fronteira com o Afeganistão, país assombrado pelo Talibã. O Talibã é uma das milícias islâmicas mais radicais da história. Embora, oficialmente, o grupo tenha governado o Afeganistão entre 1996 e 2001, ainda hoje ele está presente no dia a dia do país, atuando como força política e como uma polícia moral, muitas vezes, inclusive, cometendo atentados terroristas. Para se ter idéia do que significa a presença da milícia na região, a proximidade com a fronteira afegã já colocou o vale do Swat na lista dos lugares mais perigosos do mundo. A partir de uma interpretação muito própria do islamismo, a atuação do Talibã consistia, entre outras coisas, em impor regras religiosas super rígidas. Não é preciso dizer que as mulheres são o principal alvo dessa investida. A elas passou a ser obrigatório o uso da burca ao mesmo tempo em que foram proibidas de frequentar escolas, impedidas de irem a médicos homens, de trabalhar fora de casa ou de sair sem algum acompanhante homem da família.

Renata Pifer:

Foi nesse ambiente que Malala nasceu e cresceu. “No dia em que nasci, as pessoas da nossa aldeia tiveram pena da minha mãe e ninguém deu parabéns a meu pai. O primeiro bebê dos meus pais foi natimorto, mas eu vim ao mundo chorando e dando pontapés. Nasci menina num lugar onde rifles são disparados em comemoração a um filho, ao passo que as filhas são escondidas atrás de cortinas, sendo seu papel na vida apenas fazer comida e procriar.”  Assim ela descreve o início da sua vida no livro “Eu Sou Malala: a História da Garota que Defendeu o Direito à Educação e foi Baleada pelo Talibã”, editado no Brasil pela Companhia das Letras. A vida em Mingora sempre foi pautada por uma mentalidade conservadora e machista. Mas, antes da chegada do Talibã, o acesso de meninas à educação não era questionado. Com a chegada do grupo, a situação mudou. Por sorte, Malala é filha de um professor e aprendeu desde muito cedo que a educação muda o mundo. Por azar, ela nasceu justamente num regime em que as meninas eram proibidas de estudar. Isso custou caro a Malala e sua família. Mas a levou muito longe, de um jeito que ela não poderia imaginar. Quando o Talibã chegou, Malala tinha apenas 11 anos e, da sua maneira, se recusou a aceitar essa realidade, decidindo, com o apoio da família, a lutar pelo seu direito de estudar. Para isso, criou um pseudônimo, Gul Makai, e começou a escrever um blog para a emissora estatal britânica BBC, relatando a vida sob o regime Talibã. Só que sua identidade logo foi descoberta e ela passou a dar entrevistas para TVs e jornais. O revés disso é que Malala acabou se tornando alvo fácil do Talibã.

Ludmila Vilar:

Então veio o ataque. Era o dia 9 de outubro de 2012.

Áudio de notícia do Jornal da Globo:

O Talibã tentou matar uma menina de 14 anos que denunciava, na internet, a proibição de educação para mulheres imposta nas áreas controlada pelo grupo.

Fundo Musical

Ludmila Vilar:

Malala saiu da escola e tomou o ônibus que a levava para casa. Tempos depois, ela contou ter achado estranho o fato de as ruas estarem vazias naquele dia. Sentada no ônibus, vieram os tiros: entrou pelo olho esquerdo, atravessou o crânio e parou no ombro. Os atiradores eram dois jovens que subiram no ônibus perguntando quem era Malala. Outras duas meninas também foram baleadas. Quando a imprensa publicou o que tinha acontecido, o mundo passou a acompanhar o caso e o governo britânico enviou um avião para buscar Malala no Paquistão. Na Inglaterra, ela precisou lidar com as sequelas do atentado. Com o lado esquerdo paralisado e surda de um ouvido, passou por várias cirurgias até sua vida voltar ao normal. Normal entre aspas, porque nunca mais foi a mesma. Enquanto Malala dormia no coma, sua bandeira ganhava apoio de personalidades importantes e ela, sem saber, tornou-se símbolo de sua causa. A família Yousafzai acabou se estabelecendo em Birmingham, Inglaterra, e desde então nada mais foi igual. Em entrevista à BBC, Malala disse que gostaria de voltar algum dia ao Paquistão e entrar para a política. “Quero mudar o futuro do meu país e quero que a educação seja obrigatória. Para mim, o melhor modo de lutar contra o terrorismo e o extremismo é fazer uma coisa simples: educar a próxima geração”. De certa forma, a gente pode até dizer que esse futuro já chegou. Malala ainda não é política no Paquistão, mas seu trabalho como ativista a leva ao mundo inteiro e com ela a causa da educação. Em 2014, foi anunciado um acordo da Unesco e do governo do Paquistão, batizado de Fundo Malala, para incentivo da educação de meninas. No começo, a iniciativa tinha o Paquistão como foco. Hoje, atua em vários países, inclusive no Brasil, investindo na articulação e no apoio financeiro à iniciativas de educação. O primeiro pronunciamento público de Malala aconteceu nove meses após o ataque, nada menos do que na Assembleia de Jovens da ONU, onde ela disse: “Eles pensaram que a bala iria nos silenciar, mas eles falharam. Nossos livros e nossos lápis são nossas melhores armas. A educação é a única solução”. Por sua trajetória e coragem e por defender o direito à educação e a equidade entre garotas e garotos, em 2014, aos 17 anos, Malala se tornou a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz. E no ano passado, ela se formou no curso de Filosofia, Política e Economia, em Oxford, uma das mais tradicionais universidades do mundo.

Áudio de notícia da TV Cultura:

A luta pelo direito à educação das mulheres no Paquistão e contra a exploração do trabalho infantil no mundo. Foram essas as batalhas que deram o Prêmio Nobel da Paz à menina paquistanesa Malala Yousafzai e ao ativista indiano Kailash Satyarthi.

Fundo Musical

Renata Pifer:

Essa é uma história que nos provoca muitas emoções: por um lado, medo, indignação. Por outro, é uma trajetória que inspira muito. E por falar em inspiração, gostaria de chamar nosso convidado de hoje, que conhece bem esse potencial transformador e inspirador da educação: ele é o Olavo Nogueira Filho, diretor executivo do Todos Pela Educação. Oi, Olavo, seja bem-vindo.

Olavo Nogueira Filho:

Muito obrigado pelo convite para fazer parte desse primeiro podcast da segunda temporada e também, claro, por ser nossa participação no fórum de um novo parceiro, a Fundação Grupo Volkswagen. Estamos muito felizes com essa parceria, animados pela perspectiva que ela traz e entusiasmados com a missão adiante. Mas, mais entusiasmados porque agora seguimos fortalecidos com a chegada da Fundação. Então, fica aqui o meu duplo muito obrigado: pelo convite para a participação aqui e também pelo apoio da Fundação Grupo Volkswagen ao nosso trabalho.

Renata Pifer:

A gente é que agradece a presença, Olavo. Hoje, estamos aqui contando a história da ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que arriscou a própria vida em nome do direito à educação. Com base nas experiências e na trajetória do Todos Pela Educação, como você descreveria esse potencial de transformação da escola na vida das pessoas?

Olavo Nogueira Filho:

Bom, essa pergunta remete a uma outra pergunta que é “para que serve a escola?”. Claro que a escola tem o seu papel enquanto promotor do desenvolvimento coletivo de uma comunidade e de um país, mas ela tem também impactos fundamentais do ponto de vista individual. E aí, fazendo a conexão com a história da Malala, essas questões que eu trouxe ganham um contorno ainda mais relevante para crianças e jovens em contextos economicamente desfavoráveis. Para uma criança pobre, para um jovem pobre, a escola, muitas vezes, se apresenta como, senão a única, uma das poucas chances que essa criança, esse jovem tem para mudar a sua vida para melhor, para mudar a vida da sua comunidade para melhor. E aí, de novo, acho que a Malala é um grande exemplo disso. Alguém que não só na sua própria vida, mas hoje no seu trabalho, evoca isso de maneira muito forte. Então, do posto de vista da redução das desigualdades, do ponto de vista da criação de um país, de comunidades onde cada vez mais a gente tem uma igualdade de oportunidades, a escola é a resposta. Por isso, ela é tão relevante do ponto de vista individual e coletivo.

Renata Pifer:

E como cada um de nós pode se tornar um agente de mudança e também contribuir para a causa da educação no Brasil?

Olavo Nogueira Filho:

Todo mundo, nas suas relações, e não só as famílias que têm crianças em idade escolar, nas conversas e discussões, o fato de a gente discutir nos nossos grupos, nas nossas famílias a importância da educação, valorizar a educação, valorizar a figura do professor. Isso tudo, no conjunto da obra, poderia ter um efeito muito grande. Em particular, claro, para as famílias que têm jovens em idade escolar. Falar sobre educação com as crianças, falar sobre a escola, de novo, valorizar a figura do professor, entender a importância da figura do professor enquanto um profissional. Falar disso é absolutamente importante.

Renata Pifer:

Em uma entrevista sua para o portal do Instituto Brasileiro de Economia, você mencionou que 25% dos estudantes do ensino público, cerca de 9 milhões de crianças e jovens, tiveram seu vínculo com a escola totalmente interrompido durante a pandemia. O que faltou para garantir o acesso desses estudantes às escolas?

Olavo Nogueira Filho:

Bom, a questão da desigualdade obviamente existia pré-pandemia e a pandemia serviu para deflagrar um cenário vergonhoso, que não vem de um passado recente, vem de um histórico brasileiro. Do ponto de vista educacional, o Brasil, durante décadas, seguiu um modelo educacional extremamente elitista. Não era preciso nem esperar essas pesquisas para saber que o cenário é trágico. Vou dar um exemplo aqui que afeta fundamentalmente os jovens e, principalmente os jovens mais pobres, que é o aumento do risco da evasão escolar. Em condições normais, você tem alguns fatores associados à evasão escolar e três deles, nessa pandemia, estão sendo diretamente afetados pelo cenário. O primeiro é a queda do vínculo do estudante com a escola e com a educação. Se você tem um ano de pouquíssimo ou de nenhum contato com a sua escola, com o seu professor, com a sua rede o vínculo é quebrado. Segundo ponto, déficit de aprendizagem. As pesquisas mostram que os alunos de ensino médio, fundamentalmente, ou mesmo no fim do ensino fundamental, passam a ter mais dificuldade com a escola, não conseguir acompanhar os estudos, isso está associado à evasão escolar. Isso, de novo, está sendo brutalmente afetado pela pandemia. E o terceiro fator é a busca por renda, busca por trabalho. Isso em condições normais, repito, é um fator associado à evasão escolar e em um cenário em que a pandemia, e não é só no Brasil, é no mundo inteiro, afeta de maneira muito forte a economia, com altíssimas taxas de desemprego, muitos jovens, principalmente de famílias mais pobres, serão forçados, já estão sendo forçados a ter que apoiar e complementar a renda domiciliar. Você tem um cenário de busca de jovens por trabalhos, muitas vezes de subemprego, mas para tentar complementar em casa e aí, em muitos casos, isso leva a evasão escolar. Esse é só um recorte e, talvez, o desafio do curtíssimo prazo mais relevante que a gente vai ter do impacto da pandemia e, mais do que isso, do impacto de uma resposta inadequada nas regiões mais vulneráveis. Esse é o drama que estamos vivendo e exigirá uma ação muito vigorosa, com visão de médio e longo prazo por parte do poder público para fazer frente ao que está se impondo, do ponto de vista do desafio.

Ludmila Vilar:

Em meio a um cenário tão turbulento, a gente precisa valorizar ainda mais os bons resultados, pois eles existem! É o caso do estado do Ceará que, em uma década, mais que dobrou o percentual de alunos alfabetizados no Ensino Fundamental. Dos 39,9% em 2007, o salto foi para 89,6% em 2018. Esse resultado é fruto de um compromisso com a educação, com planejamento e com estratégias de olho na melhoria dos indicadores. Entre essas estratégias, estão o acompanhamento das unidades de ensino, a formação de professores, a oferta de material didático e premiação das escolas.

Áudio de notícia do Canal Rural:

O município que obteve a primeira colocação no exame nacional de educação básica, divulgado em setembro, fica no sertão do Ceará.

Renata Pifer:

Voltando à nossa conversa com o Olavo, vamos falar um pouco sobre esse aspecto de investir na educação. Dentre os marcos da trajetória do Todos Pela Educação com políticas públicas, podemos destacar a criação do FUNDEB, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, em 2020. Como você vê a evolução do papel da sociedade organizada na elaboração de políticas públicas?

Olavo Nogueira Filho:

Olha, essa talvez seja uma das novidades mais importantes das últimas três décadas, pós constituição federal de 1988. Uma parcela da sociedade brasileira, uma parcela da elite econômica cultural das empresas, acordaram para a importância da educação enquanto um vetor de transformação do país. Entendendo que, para além de um direito fundamental, não há chance de termos um desenvolvimento consistente e duradouro sem que a educação básica, a educação pública seja muito melhor. Isso tem se traduzido de várias formas, mas acho que um dos reflexos desse novo papel da educação na agenda pública do país, foi o surgimento de uma sociedade civil, de um conjunto de fundações e de institutos focados, se não exclusivamente, mas com muita ênfase no tema da educação e, aí, na educação básica.

Renata Pifer:

Neste ano de 2021, o Todos Pela Educação e a Fundação Grupo Volkswagen firmaram uma parceria muito especial, com a Fundação passando a integrar o quadro de mantenedores da instituição. Você pode comentar sobre o que representa essa nossa sinergia?

Olavo Nogueira Filho:

Bom, primeiro, registrar aqui o nosso agradecimento à Fundação Grupo Volkswagen por essa parceria e pela confiança. Vocês estão confiando um investimento social privado de vocês, a missão de vocês, em uma organização que tem um histórico, mas ainda tem uma trajetória a ser construída e ser fortalecida. Então, nesse sentido, ficamos muito agradecidos. Ao investir no “Todos”, essa mensagem é maior, é uma mensagem ambiciosa, uma mensagem de que precisamos ter uma educação muito melhor, uma educação pública muito melhor, uma educação básica muito melhor para gente ter, de fato, um país muito melhor.

Renata Pifer:

Olavo, muito obrigada pela sua participação! Foi um prazer ter você e o Todos Pela Educação aqui com a gente na retomada do nosso podcast.

Olavo Nogueira Filho:

Quero agradecer de novo pelo convite, agradecer mais uma vez pelo apoio da Fundação Grupo Volkswagen. É um grupo que tem uma trajetória muito respeitada, uma Fundação que tem um trabalho muito relevante. Então, o fato de a gente ter esse apoio, de tê-los como um parceiro nosso, muito nos alegra. Mas é isso, que bom que estamos falando sobre educação, que bom que estamos falando sobre política pública. Porque é com mudanças em política pública que vamos conseguir fazer a transformação necessária.

Fundo musical 

Ludmila Vilar:

E para concluir a história da Malala que contamos hoje aqui, vale mencionar também que ela esteve no Brasil, em 2018, para uma palestra. A vinda ao país teve como objetivo, segundo ela, “achar meios para que as mais de 1,5 milhão de meninas fora da escola tenham acesso à educação”. Foi também um catalisador na articulação com educadores locais para a introdução de meninas, especialmente negras, ao sistema. Recentemente, além de ter se formado em Oxford, Malala anunciou sua parceria com a Apple para produzir dramas, séries infantis, animações e documentários que vão ao ar no serviço de streaming.

Renata Pifer:

E antes de encerrarmos esse primeiro episódio da segunda temporada do Vida em Movimento, contamos aqui mais uma história feliz na educação brasileira: falamos do extraordinário trabalho em educação realizado no Ceará, e temos aqui outro case de sucesso vindo do Nordeste, agora de Pernambuco. O estado conseguiu, entre 2007 e 2017, que o abandono escolar caísse de 24% para 1,5% – o menor índice do Brasil. Hoje, o estado não só tem um dos três melhores Índices de Desenvolvimento da Educação Básica no país – o IDEB -, como também é a rede com a menor distância no desempenho em português e matemática no Ensino Médio, entre os alunos de mais alto e mais baixo nível socioeconômico.

Fundo musical 

Ludmila Vilar:

Encerramento em grande estilo, Renata. A esperança e os esforços, tanto da Fundação quanto de seus parceiros e das pessoas que se importam com essa causa, é de que mais estados brasileiros possam contar histórias felizes como essas

Renata Pifer:

Com certeza, Ludmila. Continuamos trabalhando para isso!

O Vida em Movimento fica por aqui. Muito obrigada pela companhia e até o próximo episódio!

Locutor:

O podcast Vida em Movimento é uma realização da Fundação Grupo Volkswagen. Produção, pesquisa e roteiro: RPTCom. Apresentação: Renata Pifer e Ludmila Vilar. Produção musical, gravação, edição e finalização: Groove Audiomedia. O convidado de hoje foi Olavo Nogueira Filho, diretor executivo do Todos Pela Educação. Foram usados áudios do Jornal da Globo, do Globo Rural e da TV Cultura. E se você quiser saber mais sobre a Malala, acompanhe nosso site fundacaogrupovw.org.br ou siga a gente nas redes sociais. Por lá, nós vamos divulgar mais vídeos, textos e fotos sobre a trajetória dessa ativista.

 

Saiba mais sobre Malala Yousafzai

“Nos últimos dois anos, nenhum dos nove maiores países do Sul Global gastaram o recomendado com educação. Muitos fizeram cortes drásticos no orçamento para educação. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [da ONU] foram uma promessa de que lutaríamos por essas meninas. Até agora, nós falhamos” – discurso de Malala Yousafzai na ONU

 

Bibliografia:

EU SOU MALALA

A história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã
Malala Yousafzai e Christina Lamb

Leia trecho

 

EU SOU MALALA (versão em braille publicada pela Fundação Dorina)

A história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã
Malala Yousafzai e Christina Lamb

 

EU SOU MALALA (EDIÇÃO JUVENIL) (2015)

Como uma garota defendeu o direito à educação e mudou o mundo
Malala Yousafzai e Patricia McCormick

 

MALALA (EDIÇÃO INFANTOJUVENIL) (2020)

Minha história em defesa dos direitos das meninas
Malala Yousafzai e Patricia McCormick

 

MALALA E SEU LÁPIS MÁGICO (2018)

Malala Yousafzai

 

MALALA (2019)

Pelo direito das meninas à educação
Raphaële Frier

 

MALALA, A MENINA QUE QUERIA IR PARA A ESCOLA (2015)

Adriana Carranca

 

LONGE DE CASA (2019)

Minha jornada e histórias de refugiadas pelo mundo
Malala Yousafzai

 

LIVRE PARA VOAR (2019)

A jornada de um pai e a luta pela igualdade
Ziauddin Yousafzai e Louise Carpenter

 

Malala na imprensa brasileira:

Vogue (9/03/21)
Galileu (12/07/2020)
Folha de SP (30/06/2020)
Marie Claire (18/07/2020)
Correio do Povo (30/08/2020)

 

Fotos:

 

Malala está em frente a um microfone, ela é paquistanesa e tem cabelos pretos lisos, parcialmente cobertos por um lenço roxo.
Malala Yousafzai acompanhada do também vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Kailash Satyarthi. Malala está usando um véu preto e um xale preto, vermelho e bege. Satyarthi é um homem indiano, com barba e cabelos levemente grisalhos, que usa óculos e veste um colete marrom sobre uma camisa branca
Malala Yousafzai e Kailash Satyarthi na cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz, em 2014. A imagem mostra Malala sentada numa cadeira sobre um palco, ao lado de outras pessoas, incluindo Satyarthi, que usa calça e túnica brancos
Malala aparece sozinha na foto, usando um véu com desenho de folhas e nas cores azul e laranja.